Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2011, as dores de cabeça representam um dos motivos mais frequentes de consulta médica, estando as enxaquecas entre as 20 doenças mais incapacitantes. Esta modalidade apresenta uma prevalência anual de 3,0 a 24,6% da população mundial, e um artigo recente afirma que pode atingir até 27,5%. Isto afeta 2,9 a 7,8% dos homens e 10,1 a 17,4% das mulheres em América latina.
O mecanismo fisiopatológico da enxaqueca crônica ainda não foi desvendado. Provavelmente é um distúrbio multifatorial, com participação de mais de um nível do sistema nervoso. A hipersensibilidade central do nervo trigêmeo complexo vascular aumenta a excitabilidade ou reduz a dor mecanismos inibitórios. A alta frequência de crises de enxaqueca e a suscetibilidade genética favorecem essa fisiopatologia mecanismo, entre outros fatores, como comorbidades. Há evidências de que outras patologias ocorram em conjunto com enxaqueca como doenças cerebrovasculares, doenças cardiovasculares, outras doenças neurológicas e doenças psiquiátricas (depressão, transtornos de ansiedade, transtorno afetivo bipolar, TOC, fobias...)
Prevenção e tratamento das enxaquecas incluem desde redução de consumo de cafeína e dos próprios analgésicos em excesso, até controle de peso e de sono, mas também pode passar pela internação de casos graves e medicações diversas.
